16 novembro 2009

Acontecimento em debate na SBPJor

Integrantes do Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo – GPJor estarão participando do VII Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, que acontece de 25 a 27, na USP. O evento promovido pela Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo - SBPJor terá duas sessões coordenadas sobre Acontecimento Jornalístico, que irá reunir além de pesquisadores do GPJor, professores e alunos dos programas de pós-graduação em comunicação das federais do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de Minas Gerais.
A primeira sessão Acontecimento Jornalístico, coordenada pela professora Christa Berger, reunirá os trabalhos: Tipologias do acontecimento jornalístico, de Christa Berger e Frederico Tavares (UNISINOS); O jornalismo como acontecimento, Marcia Benetti (UFRGS); Acontecimentos e homofobia: considerações sobre agendamento, noticiabilidade e Enquadramento, Paulo Bernardo Vaz e Elton Antunes (UFMS) e O acontecimento em sua dimensão semiótica, do professor Ronaldo Henn (UNISINOS).
Já a outra sessão coordenada sobre o tema Acontecimento Jornalístico será formada pelos trabalhos: Os jornais e o Acontecimento Obama, de Beatriz Marocco, Angela e Zamin e Felipe Boff (UNISINOS); Acontecimentos programados e acidentais na cobertura sobre homofobia, Bruno Souza Leal (UFMG); O acontecimento e a ficção no jornalismo, Daisi Vogel e Gislene Silva (UFSC); O apagamento do correspondente estrangeiro no local do acontecimento telejornalístico: a passagem comensalista e a editorialização da notícia narrada à distância, Sean Hagen (UFRGS); e O acontecimento como notícia: do conceito à prática no jornalismo corporativo, de Virginia Fonseca (UFRGS), que coordena a sessão.
Além das comunicações coordenadas, a mestranda Marina Lorenzoni Chiapinotto, integrante do GPJor, apresentará nas sessões de temas livres o artigo Imagens de morte: uma análise das fotografias de capa da revista Veja.
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O acontecimento em sua dimensão semiótica
Ronaldo Henn
partir das categorias fenomenológicas formuladas por C. S. Peirce pensa-se em diversas nuanças do acontecimento, desde a sua dimensão de singularidade radical até sua construção através de codificações prévias. Tenta-se entender como o acontecimento jornalístico se institui nas tramas semióticas de sua constituição, saindo do plano ideal, como preconiza Deleuze, para o plano da história. Defende-se que o acontecimento concentra em si a força propulsora da semiose: apreendido na condição de signo, o irromper da sua existência desdobra-se em infinitas possibilidades de desvendamento do objeto em que encarna. Considerar o acontecimento já midiaticamente traduzido ou mesmo instituído exige foco na complexidade exponencialmente aumentada do processo
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Os jornais e o Acontecimento Obama
Beatriz Marocco, Angela e Zamin e Felipe Boff
O texto é resultado de um exercício de crítica das práticas jornalísticas no âmbito da disciplina de mesmo nome do PPGCC/Unisinos, sobre a vitória de Obama à presidência dos EUA, e pretende situar-se em uma região de confluência entre filosofia e jornalismo – o presente que nos cerca: é dele que emergem os acontecimentos de que ambos saberes se ocupam. O que foi materializado pelos jornais sobre a vitória de Obama nos levou a esboçar uma via de objetivação discursiva do acontecimento em sua complexidade histórica, que se desloca da pirâmide jornalística voltada à superfície dos acontecimentos. Para explorar este novo percurso, optamos por examinar o que foi produzido em um conjunto de 18 jornais de referência à luz do conceito de “acontecimentalização”, imaginado originariamente por Foucault como o procedimento kantiano que vem dar materialidade filosófica à critica de certo elemento do presente que se trata de reconhecer em um “poliedro de inteligibilidade” (FOUCAULT, 2006a, p. 339-340).
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Tipologias do acontecimento jornalístico
Christa Berger e Frederico Tavares
Este trabalho pretende revisar textos considerados de referência que tomam o acontecimento como objeto ou que interpretam coberturas jornalísticas com a noção de acontecimento buscando apontar e sistematizar algumas categorizações existentes sobre o acontecimento jornalístico. Menos que traçar uma classificação para pensar este acontecimento, pretende-se elencar algumas “aparições” do acontecimento em estudos de distintas áreas visando a oferecer, ao fim do texto, alguns eixos e nomeações presentes na bibliografia examinada para um primeiro exercício de identificação de uma possível tipologia do acontecimento jornalístico.
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Imagens de morte: uma análise das fotografias de capa da revista Veja
Marina Lorenzoni Chiapinotto
As capas de revistas informativas são as unidades discursivas que dão mais visibilidade à notícia/reportagem em destaque na edição, sempre utilizando-se de elementos imagéticos como as fotografias. Tendo em vista que a morte é um dos fatos que possui mais valor-notícia para o jornalismo –  e, por isso, é matéria recorrente em revistas desse segmento –, este texto tem como objetivo analisar como a revista Veja dá a ver a morte em fotografias publicadas em suas capas. As análises se pautam na linguagem fotográfica e a delimitação do corpus se dá sobre duas capas de Veja que explicitam cenas de morte, independente do acontecimento. O estudo demonstra que há um morto representando a morte massiva nas fotografias das capas analisadas, não interessando sua identidade.
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(Angela Zamin)

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