Mesa 1: Jornalista - entrevistado e entrevistador |
Eduardo Veras (Unisinos) |
Maria Jandyra Cunha (UNB) |
Fábio Pereira (UNB) |
Fabio Pereira traz um pouco de seu método de pesquisa que é baseado na entrevista. Para ele, o pesquisador não pode ver a entrevista em profundidade como o jornalista vê. “Não são aspas que reiteram o que você quer dizer”. Pereira defende uma atenção especial no trato da entrevista, levando em conta posturas e ambientes onde ela se dá. Bem como o tratamento que deve ser dado ao produto dessa entrevista enquanto fonte da pesquisa. “E no curso da entrevista, isso, muitas vezes, é lidar com disputa de poder entre o entrevistado. Principalmente quando ele é jornalista e sabe se colocar na entrevista”.
Isabel Travancas (UFRJ) |
A manhã foi encerrada com a fala de Isabel Travancas, professora da UFRJ, e a reflexão de que a entrevista deve ser tida como ferramenta para a fala do outro. Como os demais, acredita que isso se dá a partir de um grande movimento de escuta e observação. “Ás vezes, é preciso perguntar sobre o que já se sabe para descobrir o que não se sabe”. Para ela, o diálogo que se dá – ou não – durante a entrevista é parte dela e tem significação. Sua fala encerra com duas provocações. A primeira diz respeito a pensar o jornalista no tempo. “Às vezes, ele não tem esse tempo de se preparar. Chega para te entrevistar na sétima matéria do dia e nem sabe o que faz ali diante de ti”. A outra provocação é uma proposta de pensar a entrevista mediada por outros suportes, como a internet.
Essa provocação movimentou o auditório. Em meio a quem defenda a primazia do contato visual e dialógico, há quem pense na funcionalidade e, em alguns casos, a necessidade da entrevista via internet, em especial via e-mail. O que fica da provocação é pensar que embora não possa ser descartada, esta não deve ser tomada como prática corrente e única alternativa. Ou seja, a validade deve ser pensada na individualidade de cada um dos casos.
Essa provocação movimentou o auditório. Em meio a quem defenda a primazia do contato visual e dialógico, há quem pense na funcionalidade e, em alguns casos, a necessidade da entrevista via internet, em especial via e-mail. O que fica da provocação é pensar que embora não possa ser descartada, esta não deve ser tomada como prática corrente e única alternativa. Ou seja, a validade deve ser pensada na individualidade de cada um dos casos.
(Texto: João Vitor Santos)
(Fotos: Beatriz Sallet)
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