Atualmente, as redes sociais de internet (RSIs) são consideradas os pontos de partida para a maioria das mobilizações que estão acontecendo. A movimentação em rede e a ação de seus atores nos revelam cada vez mais a liberdade e a velocidade das informações no tempo presente e a conquista de uma atitude crítica, baseada no conhecimento e na reflexão daquilo que é discutido. Dessa forma, a mídia atua como intensificadora dessas ações ativistas e ocupa o papel de legitimadora dos fatos, como sempre fez. No entanto, exemplos recentes resumem o quanto a mídia segue num estado de menoridade, sem reflexão do momento presente e da posição que os ativistas ocupam na sociedade. Darcus Howe em entrevista à BBC de Londres, sobre ação da polícia aos jovens indignados com a situação de repressão na cidade britânica e Gilberta Acselrad, convidada da Globo News, para falar sobre uma pesquisa que divulgava o número de jovens universitários que já fizeram uso de drogas ilegais, são dois casos que apresentam a mídia fazendo uso de argumentos da ordem do senso comum, em que os jornalistas utilizam um discurso político e dogmático dos grandes poderes. A falta de atitude crítica da mídia nos mostra quanto os ativistas estão colaborando para que a sociedade conquiste seu papel de maioridade. As relações entre liberdade, reflexão, conhecimento e novos espaços de discussão, como a internet, são fundamentais para que as pessoas se tornem sujeitos emancipados, dotados de uma capacidade discursiva fundamentada, que dê origem a uma atitude crítica.
(Autor: Kellen Höehr)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário