A participação do Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo (GPJor) no 10ºEncontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo foi significativa. Sete integrantes apresentaram artigos e o grupo esteve representado com um trabalho no II Encontro de Jovens Pesquisadores. E mais: a professora Dra. Beatriz Marocco foi uma das palestrantes.
O GPJor também se destacou no Prêmio Adelmo Genro Filho de Pesquisa em Jornalismo. Frederico Tavares venceu na categoria tese de doutorado, cuja
orientação foi da professora Dra. Christa Berger, e a mestranda Carina Mersoni na categoria iniciação
científica, pelo trabalho de conclusão de curso orientado pela professora
Beatriz Sallet, também membra do grupo e doutoranda.
A professora Beatriz Marocco (foto abaixo) participou do Painel 2, sob o título “Configurações e perspectivas da pesquisa
em jornalismo no Brasil em diálogo com os estudos latinoamericanos em
jornalismo”, ao lado dos professores Dr. Luiz Gonzaga Motta, da Universidade de
Brasília (UnB), e Dr. Eduardo Meditsch, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Os eventos são organizados pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e ocorreram em Curitiba, na Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUCPR), entre 08 e 10 de novembro, com apoio da
Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).
Resumos
- 10º Encontro Nacional de
Pesquisadores em Jornalismo
A construção do acontecimento
jornalístico na era da convergência das mídias
Alciane Nolibos Baccin
O presente artigo faz uma
reflexão sobre os avanços das tecnologias digitais, da participação dos
usuários na configuração do acontecimento jornalístico e a emergência de uma
cultura mais inclusiva na seleção, produção e circulação dos acontecimentos
jornalísticos. Na construção dos acontecimentos jornalísticos estão presentes
questões internas (critérios de noticiabilidade) e externas (tecnologia e
participação do público) que ajudam a configurar esses acontecimentos. Com base
nessas questões são analisados dois exemplos veiculados nos portais G1 e Terra
sobre o Acontecimento Geisy Arruda – Uniban. Este artigo é parte da dissertação
da autora.
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Jornalismo na América Latina: um
acontecimento, três jornais
Angela Zamin
O artigo faz trabalhar um
acontecimento jornalístico a partir de três jornais latino-americanos, o
brasileiro O Estado de S. Paulo, o colombiano El Tiempo e o equatoriano El
Comercio, e se dedica a analisar os processos de produção que dão conta de sua
materialidade jornalística. Trata-se do Angostura, crise colombo-equatoriana
desencadeada a partir do ataque do Exército colombiano a um acampamento das
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em território equatoriano em 2008.
Considera um arquivo de textos de março de 2008 a agosto de 2009.
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A Comissão da Verdade e o
compromisso do jornalismo com o resgate da história do Brasil
Carmen Abreu
Neste texto busca-se apresentar
uma breve análise da cobertura dos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São
Paulo e O Globo sobre a instalação da Comissão Nacional da Verdade, em maio de
2012. A partir de pressupostos da Análise de Discurso (AD) observa-se que as
manchetes destes jornais reforçam a dificuldade que a imprensa brasileira, em
geral, ainda tem em enfrentar o tema da ditadura. Considera-se a cerimônia de
instalação como um acontecimento histórico e jornalístico atual, situado em um
campo problemático constituído (QUERÉ), a ditadura militar no Brasil, e que ao
mesmo tempo em que está impregnado de passado carrega uma expectativa de
futuro.
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O Dia do Trabalhador do Jornal
Nacional: Reflexões sobre jornalismo e
construção social da realidade
Felipe de Oliveira
O artigo propõe uma reflexão
sobre jornalismo e construção social da realidade a partir da análise da
representação dos acontecimentos suscitados pelo Dia do Trabalhador (1º de
Maio) no Jornal Nacional, da TV Globo, em 2012. Inspirado na semiótica de C.S.
Peirce, discute um lugar epistêmico no âmbito da linguagem para o estudo do
jornalismo como forma de conhecimento; advoga sua capacidade mediadora entre a
realidade caótica dos acontecimentos e a realidade socialmente construída. O
exercício apoia-se em aportes produzidos por pesquisa de mestrado empreendida
no PPG em Ciências da Comunicação da Unisinos (RS) na tentativa de compreender
as condições em que se desenrola o processo de produção de sentido do qual o
jornalismo é um dos protagonistas; seus limites e possibilidades.
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Revista Veja e velhice: Um
exercício de análise a partir de oito reportagens
Felipe Viero Machado; Christa Berger
Este artigo, feito com base em
nossa pesquisa de mestrado que esta em desenvolvimento, possui como objetivo
central perceber quais sentidos são movimentados e construídos pela revista
semanal Veja, sobre a velhice, ao
longo de seus mais de quarenta anos de prática jornalística. Toma, então, como corpus, oito reportagens de diferentes
períodos e como aporte teórico e metodológico a Análise de Discurso francesa
(AD). Tendo em vista as cinco Formações Discursivas encontradas, de modo geral,
permite que seja visualizada uma mudança no tange a velhice das primeiras
décadas, então uma questão pública e pertinente, para uma outra velhice, ou
então uma não-velhice, em que o que mais importa é o combate aos sinais do
tempo e o mascaramento de uma condição que é indesejada.
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Da transversalidade à circulação:
a função-autor do jornalista na rearticulação do biográfico na
contemporaneidade
Karine Moura Vieira
O presente trabalho propõe uma
reflexão exploratória sobre a rearticulação do biográfico como um zona
transversalidade de saberes, na perspectiva do conceito de circulação (FAUSTO,
2010), tendo em vista os processos de midiatização na contemporaneidade. Nesse
quadro, observa-se o deslocamento do jornalista na condição de autor dentro
dessa nova ambiência. Para tanto, discute-se as noções de episteme biográfica
(VIEIRA, 2012) e espaço biográfico (ARFUCH, 2010), função-autor (FOUCAULT,
2001), os processos de midiatização e o atravessamento de campos de saberes na
biografia.
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Refletindo sobre o conhecimento normatizador do jornalismo a partir da
formação do jornalista: um diálogo para pensar questões de pesquisa
Marcia Veiga
Neste artigo gostaria de iniciar
um diálogo apresentando alguns caminhos pelo quais pretendo seguir com o estudo
sobre o jornalismo como um tipo de conhecimento que participa da normatização
da sociedade. Para tanto, intento problematizar alguns saberes que norteiam a
formação do jornalista e suas possíveis conexões com os tipos de saberes e
visões de mundo prevalentes no discurso jornalístico que, em última instância,
participa na produção de desigualdades sociais. Ou seja, problematizar tanto os
conhecimentos que participam da habilitação do jornalista para uma profissão
que produz determinados conhecimentos, quanto o tipo de conhecimentos e
impactos sociais que os mesmos podem estar reproduzindo. Parto das inquietações
imiscuídas na origem da pesquisa, passando por alguns pressupostos teóricos e
perspectivas analíticas que conjuntamente circunscrevem esta investigação e que
ora desejo partilhar.
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- II Encontro de Jovens Pesquisadores
em Jornalismo
Fotojornalismo na imprensa
tradicional e popular: as linguagens fotográficas dos jornais Zero Hora e
Diário Gaúcho
Carina Mersoni
Este trabalho tem por objetivo
propor uma reflexão sobre a linguagem fotográfica de um jornal de referência,
no caso o impresso Zero Hora, e do popular Diário Gaúcho, ambos da mesma
empresa, situada em Porto Alegre/RS. Uma das proposições que se estabelecem é a
que diz respeito às diferentes abordagens fotojornalísticas, inclusive para a
mesma pauta, se constituindo em linguagens segmentadas. Ao seguir as linhas
editoriais tradicional e popular, cada veículo trabalha para um
"leitor-modelo", caracterizado principalmente pela classe social e,
consequentemente, por traços comuns a esse que dizem respeito às preferências.
Os jornais se utilizam de diferentes necessidades comunicacionais para compor a
informação visual com e na fotografia, o que resulta em distintas formas de prática
e edição fotojornalística.
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(Texto: Felipe de Oliveira / Foto: Angela Zamin)
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