O terceiro setor tem sido protagonista de importantes iniciativas de desenvolvimento de um jornalismo público no país. Por esse movimento, que difere daquele que teve início nos Estados Unidos, nos anos 90, onde a esfera privada era o espaço para a prática desse jornalismo, no Brasil os mais diferentes setores da sociedade têm experimentado modelos e aprimorado o processo de comunicação, segundo a avaliação do professor Luiz Martins da Silva, da UnB. James Görgen, jornalista e coordenador do Projeto Donos da Mídia no Brasil, compartilha dessa perspectiva e vê a atuação de organizações do terceiro setor como capaz de preencher lacunas hoje não exploradas pelo jornalismo e que fazem falta ao cidadão. Segundo o jornalista, várias entidades estão trabalhando “nessa idéia de interesse público, de bem comum, de interesses comuns, de trazer informações que não estão na grande mídia”.
Outra variação verificada no Brasil é de que ao contrário da associação imediata com o setor público, de rádios e tevês ligados ao governo, como o local de expressão do jornalismo público, “o estado seria apenas um dos ambientes da comunicação pública”, conforme destaca o professor Luiz Martins. Para o pesquisador, o jornalismo público pode ter também espaço na iniciativa privada e no terceiro setor, que é “extremamente ativo em matéria de comunicação pública, especialmente no que se refere à advocacia de causas, de movimentos, de mobilizações e de projetos ligados a políticas sociais e a políticas públicas”.
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