Jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Maria, em 1998, trabalhei com jornalismo impresso e assessoria de imprensa em instituições públicas. Há 10 anos sou jornalista da Emater/RS-Ascar onde já ocupei o cargo de gerente de Comunicação, atualmente estou como coordenadora do Núcleo de Rádio e TV da instituição. Sou especialista em Comunicação Midiática, pela UFSM. Minha pesquisa no mestrado investiga as reconfigurações da construção do acontecimento jornalístico, a partir do avanço da utilização de mídias sociais pelos sujeitos, tensionando o processo linear de produção da notícia (emissor – mensagem – receptor). Para isso, pesquiso a construção do Acontecimento Jornalístico Geisy Arruda – Uniban, a partir dos vídeos postados no YouTube pelos próprios estudantes da universidade, gravados em dispositivos móveis no dia 22 de outubro de 2009, até o lançamento da biografia da Geisy, em 17 de novembro de 2010.
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(Alciane Nolibos Baccin)
28 setembro 2011
27 setembro 2011
Entrevista com Alexandra Lucas Coelho
No dia 4 de outubro, às 14h, no PPGCOM, será realizada a Entrevista Aberta com a jornalista portuguesa Alexandra Lucas Coelho, correspondente internacional do jornal Público, sediada no Brasil. A entrevista faz parte das ações da pesquisa coordenada pela professora Beatriz Marocco, integrante do GPJor.
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Alexandra Lucas Coelho é correspondente no Brasil do jornal Público, de Portugal. Graduada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, trabalhou no rádio nos anos 80, foi jornalista da RDP de 1991 a 1998 e desde então está no Público. A partir de 2001 começou a viajar com regularidade pelo Oriente Médio e pela Ásia Central. Em 2001 foi enviada ao Paquistão para cobrir a expectativa de uma guerra no pós 11 de setembro. Um ano depois, durante as férias, teve de ir para Jerusalém. Em 2005-2006 esteve por seis meses em Jerusalém como correspondente. Desde dezembro de 2010 trabalha como correspondente do Público no Rio de Janeiro, onde mantém o blog Atlântico-Sul.
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Publicou Oriente Próximo (2007, Relógio D’ Água), Caderno Afegão (2009, Tinta da China), Viva México (2010, Tinta da China) e Tahrir! Os Dias da Revolução (2011, Tinta da China; 2011, Língua Geral). Recebeu três prêmios: Reportagem do Clube Português de Imprensa, Casa da Imprensa e Grande Prêmio Gazeta 2005.
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Alexandra Lucas Coelho é correspondente no Brasil do jornal Público, de Portugal. Graduada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, trabalhou no rádio nos anos 80, foi jornalista da RDP de 1991 a 1998 e desde então está no Público. A partir de 2001 começou a viajar com regularidade pelo Oriente Médio e pela Ásia Central. Em 2001 foi enviada ao Paquistão para cobrir a expectativa de uma guerra no pós 11 de setembro. Um ano depois, durante as férias, teve de ir para Jerusalém. Em 2005-2006 esteve por seis meses em Jerusalém como correspondente. Desde dezembro de 2010 trabalha como correspondente do Público no Rio de Janeiro, onde mantém o blog Atlântico-Sul.
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Publicou Oriente Próximo (2007, Relógio D’ Água), Caderno Afegão (2009, Tinta da China), Viva México (2010, Tinta da China) e Tahrir! Os Dias da Revolução (2011, Tinta da China; 2011, Língua Geral). Recebeu três prêmios: Reportagem do Clube Português de Imprensa, Casa da Imprensa e Grande Prêmio Gazeta 2005.
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A experiência como correspondente em Israel e nos territórios palestinos ocupados (2005-2006), relatada no blog Diário de Reportagem, deu origem ao livro Oriente Próximo (2007, Relógio D’ Água). Alexandra Lucas Coelho já havia viajado para Israel em 2002 e retornou em 2007 especialmente para visitar os de refugiados do Líbano..
De 31 de maio a 29 de junho de 2008 esteve no Afeganistão como repórter enviada do Público e da RDP. Reuniu notas sobre a contextualização do conflito no país, além reportagens publicadas originalmente no jornal Público que retratam o quotidiano do povo afegão no livro Caderno Afegão (2009, Tinta da China) publicado um ano mais tarde.
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De 31 de maio a 29 de junho de 2008 esteve no Afeganistão como repórter enviada do Público e da RDP. Reuniu notas sobre a contextualização do conflito no país, além reportagens publicadas originalmente no jornal Público que retratam o quotidiano do povo afegão no livro Caderno Afegão (2009, Tinta da China) publicado um ano mais tarde.
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No ano passado publicou Viva México (2010, Tinta da China) que reúne a série de reportagens feitas no México para o jornal Público, além de textos inéditos. Percorreu o México durante pouco menos de um mês, entre junho e julho de 2010 e cobriu parte considerável do território. São as pessoas a matéria destes textos.
Neste ano, Alexandra Lucas Coelho esteve na Praça Tharir e acompanhou a Revolução do Egito, no Cairo, que levou à queda de Hosni Mubarak. O resultado de tal trabalho foi publicado no livro Tahrir! Os Dias da Revolução (2011, Tinta da China; na edição brasileira, Tahrir: Os dias da revolução no Egito, 2011, Língua Geral), um diário pessoal da semana de 6 a 14 de fevereiro em que esteve dentro da revolução egípcia. A jornalista sublinha que este não é um trabalho jornalístico, pois se detém na multidão e no entusiasmo pessoal por aquele movimento, sem aprofundar contextualização histórica, análise política, etc..
(Angela Zamin)
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22 setembro 2011
Trabalhos aprovados para o Seminário Internacional da Comunicação
Os doutorandos Angela Zamin, Karine Moura Vieira (em co-autoria com o doutorando Ivan Bomfim, da UFRGS) e Luis Fernando Assunção e os mestrandos Alciane Nolibos Baccin e Felipe de Oliveira, integrantes do GPJor, tiveram trabalhos selecionados para apresentação no XI Seminário Internacional da Comunicação. O trabalho de Felipe de Oliveira será apresentado no GT Comunicação Política, enquanto os demais no GT Estudos em Jornalismo. Promovido pelo PPGCOM da Famecos/PUCRS, nesta edição o evento será direcionado ao debate de questões da obra de Marshall McLuhan, que em 2011 completaria 100 anos. O seminário será realizado de 16 a 18 de novembro.
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A construção do acontecimento jornalístico a partir dos processos interativos da Cibercultura, por Alciane Nolibos Baccin (Unisinos)
Resumo: O processo de comunicação transforma-se a partir do avanço do uso da internet e da interatividade dos dispositivos midiáticos. Os acontecimentos eram vistos e narrados ao público apenas pelo olhar das mídias tradicionais, atualmente são disseminados e discutidos, principalmente, através das mídias digitais, que se caracterizam pela colaboração de informações. As mídias/redes sociais têm papel importante no desenvolvimento destas interações, tornando possível a multiplicação instantânea de um acontecimento. A cobertura jornalística alimenta-se cada vez mais dessas intervenções. É nessa ambiência midiática que se situa a Cibercultura. O presente artigo parte da hipótese de que, com o avanço da utilização das mídias sociais pelos jornalistas, reconfigura-se o modo de construção dos acontecimentos jornalísticos.
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No jornal e no “livro de repórter”: interesse jornalístico e importância histórica na crise Colômbia-Equador, por Angela Zamin (Unisinos)
Resumo: O texto apresenta um exercício de análise da produção de um acontecimento de longa duração (FONTCUBERTA, 1993) que, por sua presença no tempo, permite observar a capacidade de suscitar comentários e a de provocar novos fatos (GOMIS, 1987; 1991). Borrat (1989) nomeia estas características de interesse jornalístico e importância histórica, respectivamente. Trata-se do exame, pela perspectiva do jornalismo equatoriano, da crise entre Colômbia e Equador, desencadeada a partir do bombardeio de Angostura, no Equador, em 1º de março de 2008. A análise toma como corpus textos informativos do jornal de referência equatoriano El Comercio e o livro El juego del camaleón, do jornalista Arturo Torres. Ao orientar-se por uma análise entre o que circulou no jornal e o que foi deslocado para o “livro de repórter” (MAROCCO, 2011), o artigo pretende discutir processos e práticas jornalísticas ligados a uma certa categoria de acontecimentos, os que repercutem em um tempo alargado pelas consequências que geram.
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De que se alimentam as revistas: análise da cobertura do segundo turno das Eleições 2010, por Felipe de Oliveira (Unisinos)
Resumo: Este trabalho propõe uma reflexão acerca dos temas pautados pelas revistas brasileiras Veja e Época durante a campanha do segundo turno das Eleições 2010 para a Presidência da República. Inspira-se nas inferências proporcionadas pela Crítica das Práticas Jornalísticas para entender os critérios que direcionam a decisão sobre quais temas mereceriam capa das quatro edições que antecederam o pleito. Avança, ainda, na direção da análise do cenário que as revistas constroem a partir do conceito de semiose de C. S. Peirce. Assim, pretende-se fornecer subsídios consistentes à conclusão de que as revistas, ao aplicar, à sua forma, critérios para a representação das eleições, restringem a possibilidade de interpretação do leitor/eleitor. Daí, espera-se, emergiria a compreensão da necessidade da regulação social da imprensa. Trata-se de um exercício eminentemente ensaístico, mas que, por outro lado, não deixa de pautar-se pelos dados empíricos que descreve.
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Contando histórias sobre o mundo: uma reflexão sobre o jornalismo internacional a partir das narrativas de Clóvis Rossi e Larry Rohter, por Karine Moura Viera (Unisinos) e Ivan Bomfim (UFRGS)
Resumo: O trabalho reflete sobre o jornalismo internacional a partir das obras Enviado Especial: 25 anos ao redor do mundo, de Clóvis Rossi e Deu no New York Times, de Larry Rohter. Busca-se compreender como esses profissionais constroem um conhecimento sobre os países onde estiveram baseados, em reportagens e reflexões autobiográficas. Observa-se a contextualização das narrativas, expondo o papel destes jornalistas como mediadores de esferas distintas de realidade (BERGER, LUCKMANN, 1973), constituindo, assim, uma instância pedagógica (TRAQUINA, 2000) fundamentada na mediação cultural, que incide na instituição e manutenção de representações acerca do outro.
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Processualidade no jornalismo: anotações, filtros e memória na construção da reportagem, por Luis Fernando Assunção (Unisinos)
Anotações ou registros são materiais preciosos para investigar o processo produtivo no jornalismo. Um dos caminhos possíveis de estudo do processo jornalístico, entre outros tantos já pesquisados, estão os manuscritos e anotações, através da crítica genética. Esse método possibilita estudos de manuscritos de qualquer forma de expressão, seja artísticas, literárias e, agora, jornalísticas. Através de suas anotações, os jornalistas deixam rastros capazes de identificar caminhos tomados na definição da pauta, da reportagem ou mesmo as modificações que ocorreram ao longo do processo de concepção do texto. A memória da reportagem – cujos índice s são materializados nos documentos do processo – não pode ser vista de modo desvinculado da memória que faz o jornalista “ser aquilo que ele lembra”. Ao falarmos de percepção e memória, de um modo geral, e de filtros, seleções e recorrências, de modo mais específico, desenhamos parte do diagrama do espaço da subjetividade na construção da reportagem, onde observamos singularidades das transformações.
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A construção do acontecimento jornalístico a partir dos processos interativos da Cibercultura, por Alciane Nolibos Baccin (Unisinos)
Resumo: O processo de comunicação transforma-se a partir do avanço do uso da internet e da interatividade dos dispositivos midiáticos. Os acontecimentos eram vistos e narrados ao público apenas pelo olhar das mídias tradicionais, atualmente são disseminados e discutidos, principalmente, através das mídias digitais, que se caracterizam pela colaboração de informações. As mídias/redes sociais têm papel importante no desenvolvimento destas interações, tornando possível a multiplicação instantânea de um acontecimento. A cobertura jornalística alimenta-se cada vez mais dessas intervenções. É nessa ambiência midiática que se situa a Cibercultura. O presente artigo parte da hipótese de que, com o avanço da utilização das mídias sociais pelos jornalistas, reconfigura-se o modo de construção dos acontecimentos jornalísticos.
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No jornal e no “livro de repórter”: interesse jornalístico e importância histórica na crise Colômbia-Equador, por Angela Zamin (Unisinos)
Resumo: O texto apresenta um exercício de análise da produção de um acontecimento de longa duração (FONTCUBERTA, 1993) que, por sua presença no tempo, permite observar a capacidade de suscitar comentários e a de provocar novos fatos (GOMIS, 1987; 1991). Borrat (1989) nomeia estas características de interesse jornalístico e importância histórica, respectivamente. Trata-se do exame, pela perspectiva do jornalismo equatoriano, da crise entre Colômbia e Equador, desencadeada a partir do bombardeio de Angostura, no Equador, em 1º de março de 2008. A análise toma como corpus textos informativos do jornal de referência equatoriano El Comercio e o livro El juego del camaleón, do jornalista Arturo Torres. Ao orientar-se por uma análise entre o que circulou no jornal e o que foi deslocado para o “livro de repórter” (MAROCCO, 2011), o artigo pretende discutir processos e práticas jornalísticas ligados a uma certa categoria de acontecimentos, os que repercutem em um tempo alargado pelas consequências que geram.
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De que se alimentam as revistas: análise da cobertura do segundo turno das Eleições 2010, por Felipe de Oliveira (Unisinos)
Resumo: Este trabalho propõe uma reflexão acerca dos temas pautados pelas revistas brasileiras Veja e Época durante a campanha do segundo turno das Eleições 2010 para a Presidência da República. Inspira-se nas inferências proporcionadas pela Crítica das Práticas Jornalísticas para entender os critérios que direcionam a decisão sobre quais temas mereceriam capa das quatro edições que antecederam o pleito. Avança, ainda, na direção da análise do cenário que as revistas constroem a partir do conceito de semiose de C. S. Peirce. Assim, pretende-se fornecer subsídios consistentes à conclusão de que as revistas, ao aplicar, à sua forma, critérios para a representação das eleições, restringem a possibilidade de interpretação do leitor/eleitor. Daí, espera-se, emergiria a compreensão da necessidade da regulação social da imprensa. Trata-se de um exercício eminentemente ensaístico, mas que, por outro lado, não deixa de pautar-se pelos dados empíricos que descreve.
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Contando histórias sobre o mundo: uma reflexão sobre o jornalismo internacional a partir das narrativas de Clóvis Rossi e Larry Rohter, por Karine Moura Viera (Unisinos) e Ivan Bomfim (UFRGS)
Resumo: O trabalho reflete sobre o jornalismo internacional a partir das obras Enviado Especial: 25 anos ao redor do mundo, de Clóvis Rossi e Deu no New York Times, de Larry Rohter. Busca-se compreender como esses profissionais constroem um conhecimento sobre os países onde estiveram baseados, em reportagens e reflexões autobiográficas. Observa-se a contextualização das narrativas, expondo o papel destes jornalistas como mediadores de esferas distintas de realidade (BERGER, LUCKMANN, 1973), constituindo, assim, uma instância pedagógica (TRAQUINA, 2000) fundamentada na mediação cultural, que incide na instituição e manutenção de representações acerca do outro.
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Processualidade no jornalismo: anotações, filtros e memória na construção da reportagem, por Luis Fernando Assunção (Unisinos)
Anotações ou registros são materiais preciosos para investigar o processo produtivo no jornalismo. Um dos caminhos possíveis de estudo do processo jornalístico, entre outros tantos já pesquisados, estão os manuscritos e anotações, através da crítica genética. Esse método possibilita estudos de manuscritos de qualquer forma de expressão, seja artísticas, literárias e, agora, jornalísticas. Através de suas anotações, os jornalistas deixam rastros capazes de identificar caminhos tomados na definição da pauta, da reportagem ou mesmo as modificações que ocorreram ao longo do processo de concepção do texto. A memória da reportagem – cujos índice s são materializados nos documentos do processo – não pode ser vista de modo desvinculado da memória que faz o jornalista “ser aquilo que ele lembra”. Ao falarmos de percepção e memória, de um modo geral, e de filtros, seleções e recorrências, de modo mais específico, desenhamos parte do diagrama do espaço da subjetividade na construção da reportagem, onde observamos singularidades das transformações.
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(Angela Zamin)
15 setembro 2011
Entrevista será tema do Seminário Aberto
O 4° Seminário Aberto de Jornalismo, programação anual do Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo - GPJor (PPGCC/Unisinos), terá como tema central “A entrevista – nas práticas e nos estudos em jornalismo”, debatida enquanto método, técnica e possibilidade de diálogo, problematizando questões desencadeadas pela pesquisa “O controle discursivo que toma forma e circula nas práticas jornalísticas”, coordenada pela professora Beatriz Marocco.
O evento está programado para os dias 21 e 22 de novembro e contará com a colaboração de jornalistas e pesquisadores de diversas áreas. O Seminário é direcionado aos alunos e professores do PPGCC/Unisinos, sendo aberto aos demais Programas de Pós-graduação em Comunicação e Jornalismo do RS e SC. Mais informações aqui.
As orientações sobre inscrição serão divulgadas em breve.
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Programação
21/11
9h – 9h30 Abertura: Práticas jornalísticas: perspectivas e questões
Beatriz Marocco – Unisinos
Equipe da Pesquisa
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9h30 – 12h Mesa 1: Jornalista – entrevistado e entrevistador
Luiz Cláudio Cunha – jornalista e escritor
Fábio Pereira – UNB
Isabel Travancas – UFRJ
Mediação: Christa Berger – Unisinos
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14h – 17h Mesa 2: Sujeitos da entrevista: diálogo, relação de poder
Daisi Vogel – UFSC
Miriam Chnaiderman – psicanalista e documentarista
Rafael Guimarães – jornalista
Mediação: Suzana Kilpp – Unisinos
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22/11
9h30 – 12h Mesa 3: Métodos, estratégias e técnicas
Elisabeth Torresini – historiadora
Jandyra Cunha – linguista e escritora
Carla Mühlhaus – jornalista e escritora
Mediação: Ronaldo Henn – Unisinos
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13h30 – 14h30 Mesa 4: Controles discursivos e resistência na entrevista – questões e elaborações de pesquisa
Ângela Zamin – Unisinos
Karine Moura Vieira – Unisinos
Márcia Veiga – UFRGS
Thais Furtado – Unisinos
Mediação: Beatriz Marocco – Unisinos
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14h30 – 15h30 Debate final
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(Angela Zamin)
O evento está programado para os dias 21 e 22 de novembro e contará com a colaboração de jornalistas e pesquisadores de diversas áreas. O Seminário é direcionado aos alunos e professores do PPGCC/Unisinos, sendo aberto aos demais Programas de Pós-graduação em Comunicação e Jornalismo do RS e SC. Mais informações aqui.
As orientações sobre inscrição serão divulgadas em breve.
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Programação
21/11
9h – 9h30 Abertura: Práticas jornalísticas: perspectivas e questões
Beatriz Marocco – Unisinos
Equipe da Pesquisa
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9h30 – 12h Mesa 1: Jornalista – entrevistado e entrevistador
Luiz Cláudio Cunha – jornalista e escritor
Fábio Pereira – UNB
Isabel Travancas – UFRJ
Mediação: Christa Berger – Unisinos
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14h – 17h Mesa 2: Sujeitos da entrevista: diálogo, relação de poder
Daisi Vogel – UFSC
Miriam Chnaiderman – psicanalista e documentarista
Rafael Guimarães – jornalista
Mediação: Suzana Kilpp – Unisinos
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22/11
9h30 – 12h Mesa 3: Métodos, estratégias e técnicas
Elisabeth Torresini – historiadora
Jandyra Cunha – linguista e escritora
Carla Mühlhaus – jornalista e escritora
Mediação: Ronaldo Henn – Unisinos
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13h30 – 14h30 Mesa 4: Controles discursivos e resistência na entrevista – questões e elaborações de pesquisa
Ângela Zamin – Unisinos
Karine Moura Vieira – Unisinos
Márcia Veiga – UFRGS
Thais Furtado – Unisinos
Mediação: Beatriz Marocco – Unisinos
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14h30 – 15h30 Debate final
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(Angela Zamin)
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Evento,
Seminário Aberto de Jornalismo
12 setembro 2011
O Twitter e os processos jornalísticos
O interesse pelas tecnologias e o processo de produção jornalístico foi o que me incentivou a dar início a pesquisa que desenvolvo hoje sobre o Twitter como produtor de pauta para a imprensa. Desde que comecei a utilizar a plataforma, observo as movimentações em rede e como acontecem esses processos de informações, que desencadeiam temáticas utilizadas freqüentemente pela imprensa. O grande desafio dessa pesquisa é verificar como ocorre esse processo de circulação dentro do Twitter e como a imprensa se apropria das pautas geradas pelo público. Rodeada pela imprevisibilidade e questões a serem respondidas é que me dedico a essa pesquisa até 2013, em busca de novas perguntas e ideias.
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(Kellen Höehr)
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(Kellen Höehr)
09 setembro 2011
GPJor tem dez trabalhos aprovados para a SBPJor
Docentes e discentes integrantes do Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo – GPJor tiveram seus trabalhos selecionados para o 9º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo. Promovido pela Sociedade Brasileira de Pesquisa em Jornalismo – SBPJor, o evento será realizado entre os dias 3 e 5 de novembro, na Escola de Comunicação da UFRJ. O tema desta edição será Jornalismo e Mídias Digitais.
Os professores Beatriz Marocco (Fragmentos de vidas exemplares) e Ronaldo Henn (Morte, acontecimento e redes sociais: das raízes da cultura à Amy Winehouse) integrarão a Sessão Coordenada “A morte como acontecimento jornalístico: possibilidades metodológicas”, que reúne trabalhos dos professores Daisi Vogel e Gislene Silva, da UFSC, e Bruno Souza Leal, Elton Antunes e Paulo Bernardo Vaz, da UFMG, todos participantes do projeto Tecer/Procad.
Nas sessões livres serão apresentados trabalhos pelas doutorandas Aline Dalmolin, Angela Zamin, Karine Moura Vieira e Marcia Veiga, e pelos mestrandos Alciane Baccin, Felipe Oliveira, Giovanni Rocha e Kellen Höehr.
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Mídias sociais e critérios de noticiabilidade na construção do Acontecimento Jornalístico Geisy Arruda – Uniban, por Alciane Nolibos Baccin (Unisinos)
Resumo: Este artigo é parte da investigação de mestrado que a autora desenvolve, com o objetivo principal de analisar a construção do “Acontecimento Jornalístico Geisy Arruda – Uniban”, a partir da postagem de vídeos no site YouTube no dia 22 de outubro de 2009, que ocorreu na Uniban de São Bernardo do Campo, de acordo com os estudos sobre acontecimento, mídias sociais e critérios de noticiabilidade. A hipótese inicial é de que a construção do acontecimento jornalístico tem se reconfigurado, a partir do avanço da utilização das mídias sociais pelos sujeitos como o YouTube, tensionando o processo linear de produção da notícia (emissor – mensagem – receptor). Neste recorte, é feita uma análise dos programas televisivos da Globo e da Record, e das revistas semanais Época, IstoÉ e Veja, no período de 22 de outubro a 22 de dezembro de 2009, acompanhando o fluxo do acontecimento jornalístico.
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O grito silencioso: revistas católicas e discurso sobre aborto, por Aline Dalmolin (Unisinos)
Resumo: O texto insere-se em pesquisa que enfoca o discurso sobre aborto em revistas católicas brasileiras nos anos 1980. O objeto desta análise é o discurso da matéria publicada na revista católica Rainha em abril de 1985, intitulada O grito silencioso. Inicialmente, observamos o contexto sócio-histórico que circunda a emergência desse discurso, situado na perspectiva da restauração conservadora da Igreja Católica. Na sequência, esboçamos uma aproximação teórica com a Análise de Discurso de linha francesa, articulada ao nível empírico através do mapeamento das formações discursivas e uma análise das designações. A observação evidencia o percurso do sujeito enunciador, que perpassa por diferentes posições, sem contudo romper com a formação discursiva dominante, que tem como núcleo a defesa do direito à vida.
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Rede informativa e a editoria de internacional: meios de comunicação como fontes em O Estado de S. Paulo, por Angela Zamin (Unisinos)
Resumo: Na produção jornalística, a objetivação de cada acontecimento envolve um conflito de perspectivas entre jornalistas e fontes pela definição do presente que nos cerca. Estes combates se estabelecem no discursivo, em meio a controles e pressões sociais pelo que dizer e como dizer, sendo conformados no interior de uma rede informativa estabelecida a partir de prioridades sobre as quais se concentram os esforços informativos de cada meio. Este artigo trata do uso de outros meios (jornais, rádios, TVs) pelo jornal O Estado de S. Paulo como fontes diretas na significação da crise diplomática entre Colômbia e Equador, no período de março de 2008 a agosto de 2009. Para tanto, orienta-se por um debate acerca das implicações do emprego de meios-fonte na produção jornalística que versa sobre ocorrências internacionais. Para uma análise no nível discursivo, serve de base um corpus de 307 peças da editoria de Internacional.
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Acontecimento jornalístico: a reforma agrária como campo problemático e objeto semiótico, por Felipe Oliveira (Unisinos)
Resumo: Este trabalho se propõe a discutir o acontecimento jornalístico a partir de uma visada teórica inspirada na semiótica de C.S. Peirce. Com o entendimento de que a notícia que representa os fenômenos sociais trata-se de um signo, constituído por lógicas diversas e que alimenta complexos processos de semiose, dedica-se a refletir sobre protestos promovidos pela Via Campesina no Rio Grande do Sul, em maio de 2011, e representados pelo jornal Correio do Povo, como estratégia dos movimentos sociais para chamar a atenção da sociedade às suas demandas. Apóia-se, também, na concepção de acontecimento em Louis Quéré, especialmente na idéia do poder hermenêutico que ele emana e na relação com a reforma agrária no Brasil como campo problemático que é, ao mesmo tempo, objeto semiótico.
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Explorações sobre as práticas de correspondentes internacionais e enviados especiais, por Giovanni Rocha (Unisinos)
Resumo: O trabalho apresenta os resultados parciais da pesquisa de dissertação do autor sobre as práticas de correspondentes estrangeiros e enviados especiais. Reúne um conjunto de livros escritos por repórteres e estudos sobre o jornalismo internacional a partir de práticas identificadas em pesquisa anterior, que apontava pistas para o uso da imprensa local por correspondentes internacionais. Os livros selecionados abordam os diferentes modos de trabalho em locais, épocas e formatos da profissão. Mesmo como resumo do trabalho de pesquisa, é possível apontar as diversas formas com que o jornalismo internacional se ampara na imprensa para a produção de seus discursos. As obras teóricas enriquecem a pesquisa contemplando o entendimento sobre as rotinas atuais, questões hierárquicas e os novos rumos do jornalismo internacional determinados pelas tecnologias de informação.
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Aventura da história de vida: o desafio de biografar no jornalismo, por Karine Moura Vieira (Unisinos)
Resumo: Este artigo trabalha a biografia e sua configuração no jornalismo enquanto reportagem. A reflexão inicia-se a partir da exposição de algumas das aporias do gênero biográfico na história e na literatura, berços da sua gênese, até a sua produção no jornalismo. Nesta perspectiva, faz-se uma discussão sobre o ethos jornalístico, a formação de identidade a partir da ordenação de um conjunto de princípios técnicos e deontológicos, e as dimensões do jornalismo, observando questões relativas ao contrato de comunicação e seu estabelecimento na reportagem biográfica. Por fim, discutem-se as possibilidades da biografia como um gênero jornalístico.
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O atropelamento dos ciclistas em Porto Alegre: da cobertura midiática aos colaboradores, por Kellen Höehr (Unisinos)
Resumo: O objetivo deste trabalho é compreender a cobertura do atropelamento dos ciclistas na cidade de Porto Alegre, segundo a perspectiva da colaboração do público no processo de construção das notícias do jornal Zero Hora em contraponto à Zero Hora Online, tendo em vista os conceitos de acontecimento de Louis Quéré (2005), assim como algumas contribuições de ordem sociológica, discursiva e antropológica de Cristina Ponte (2006). A partir da análise dos dois meios, percebemos os diferentes tipos de enquadramentos utilizados pelo veículo, seja em versão impressa ou online, revelando um campo problemático que busca respostas tanto por parte da sociedade como do poder público.
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Gênero: um ingrediente distintivo nas rotinas produtivas do jornalismo, por Marcia Veiga (UFRGS)
Resumo: Quais atributos serviriam como elementos distintivos nas relações profissionais dos jornalistas? Em que medida a hierarquia de distribuição do poder e do prestígio numa redação jornalística – entre os profissionais e as notícias – se assemelharia a escala de valores sociais hegemônicos produtores de desigualdades em nossa sociedade? Estas e outras questões que pude compreender através de minha pesquisa de mestrado, um estudo de newsmaking por cerca de três meses junto a um programa jornalístico na RBS TV, gostaria de partilhar agora neste artigo.
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(Angela Zamin)
Trabalho aceito para a ABCiber 2011
A mestranda Kellen Höehr, participará do IV Simpósio Nacional da ABCiber, que acontece de 16 a 18 de novembro, na UFSC, em Florianópolis, quando apresentará o artigo “O Twitter como um espaço de negociações”.
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O Twitter como um espaço de negociações, por Kellen Höehr (Unisinos)
Resumo: Este texto discute o Twitter como um espaço de negociações, a partir de uma abordagem semiótica. O pressuposto é que o espaço onde se dão as relações dentro da Twittosfera faz com que apareçam novas linguagens através dos interlocutores, tantas são as articulações e formas utilizadas para a inserção dentro desse ambiente. Este pressuposto é analisado por meio do conceito de Semiosfera de Yuri Lotman. A questão posta em reflexão é como se configura este espaço de negociação em rede, sendo ele um espaço semiosférico.
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O Twitter como um espaço de negociações, por Kellen Höehr (Unisinos)
Resumo: Este texto discute o Twitter como um espaço de negociações, a partir de uma abordagem semiótica. O pressuposto é que o espaço onde se dão as relações dentro da Twittosfera faz com que apareçam novas linguagens através dos interlocutores, tantas são as articulações e formas utilizadas para a inserção dentro desse ambiente. Este pressuposto é analisado por meio do conceito de Semiosfera de Yuri Lotman. A questão posta em reflexão é como se configura este espaço de negociação em rede, sendo ele um espaço semiosférico.
08 setembro 2011
Quem agenda o jornalismo internacional?
Jornalista formado pela Unisinos, atuo profissionalmente na comunicação pública estadual. Antes disso, trabalhei durante sete anos em diversas áreas da comunicação corporativa, passando por processos de gestão de marca, comunicação interna, publicidade institucional e assessoria de imprensa. A finalização do trabalho de conclusão de curso, que mapeou as práticas de uma agência de notícias francesa, apresentou novas questões sobre os correspondentes internacionais, tema de estudo em minha dissertação de mestrado.
As observações na agência indiciaram como prática comum por parte dos jornalistas a utilização da imprensa nacional para a condução das suas rotinas, além da livre tradução das matérias enviadas aos diferentes escritórios da agência espalhados pelo mundo. Essa “dependência” dos correspondentes provocou o interesse de estudo da minha pesquisa atual, que busca identificar por meio de livros escritos por repórteres internacionais e estudos sobre a profissão, como se opera essa prática e a participação da própria imprensa no trabalho dos repórteres estrangeiros.
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(Giovanni Rocha)
07 setembro 2011
GPJor no Sipecom
Integrantes do GPJor participam de 12 a 14 de setembro do IV SIPECOM – Seminário Internacional de Pesquisa em Comunicação, promovido pelo Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria. Na ocasião, o mestrando Felipe Viero apresentará o trabalho “As velhices de Veja em dois momentos de sua história: os sentidos de diferentes discursos”; já as doutorandas Aline Dalmolin e Angela Zamin irão apresentar, respectivamente, os artigos “O discurso da imprensa católica sobre aborto nos anos 1980: uma cruzada em defesa do direito à vida” e “Entre atualidade e recorrência: El Tiempo e a produção de um acontecimento de longa duração”, respectivamente. Os trabalhos serão apresentados no GT Estudos de Produção Jornalística..
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Entre atualidade e recorrência: El Tiempo e a produção de um acontecimento de longa duração, por Angela Zamin (Unisinos)
Resumo: O presente texto apresenta um exercício de análise da produção de um acontecimento de longa duração que, por sua presença no tempo, permite observar a atualidade e a recorrência. Trata-se da crise diplomática entre Colômbia e Equador, desencadeada em 1º de março de 2008, a partir da incursão militar colombiana em território equatoriano, aqui analisada por duas perspectivas complementares: a de dar a ver o tempo histórico, deixando emergir campos problemáticos; e a de retornar pelos quadros de sentidos propostos pela miríade de acontecimentos que se sucede em uma temporalidade alargada. Sem deixar de considerar as possíveis ‘leituras’ deste acontecimento – o conflito dentro do conflito e a instauração de um novo conflito – examino o que foi produzido pelo jornal de referência El Tiempo, diário colombiano, no período de março de 2008 a março de 2010.
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As velhices de Veja em dois momentos de sua história: os sentidos de diferentes discursos, por Felipe Viero (Unisinos)
Resumo: O objetivo desse trabalho é perceber quais sentidos são discursivamente movimentados e construídos por Veja sobre a velhice, em dois momentos de sua trajetória. O corpus de análise corresponde às produções textuais jornalísticas que abordaram a temática, como um de seus pontos centrais, nos anos de 1969 e 1970 e, mais contemporaneamente, 2009. A Análise de Discurso francesa (AD) constitui-se como a base teórica central, a qual é relacionada ao conceito de Semiosfera, proposto por Lotman. Em linhas gerais, foram percebidas disputas ideológicas que salientam discursos que se consolidam em diferentes frentes, constituindo diferentes velhices, nesses períodos distintos. Esse trabalho representa um primeiro movimento de ampliação de uma pesquisa iniciada ainda na graduação e que resultará em minha dissertação de mestrado.
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(Angela Zamin)
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Entre atualidade e recorrência: El Tiempo e a produção de um acontecimento de longa duração, por Angela Zamin (Unisinos)
Resumo: O presente texto apresenta um exercício de análise da produção de um acontecimento de longa duração que, por sua presença no tempo, permite observar a atualidade e a recorrência. Trata-se da crise diplomática entre Colômbia e Equador, desencadeada em 1º de março de 2008, a partir da incursão militar colombiana em território equatoriano, aqui analisada por duas perspectivas complementares: a de dar a ver o tempo histórico, deixando emergir campos problemáticos; e a de retornar pelos quadros de sentidos propostos pela miríade de acontecimentos que se sucede em uma temporalidade alargada. Sem deixar de considerar as possíveis ‘leituras’ deste acontecimento – o conflito dentro do conflito e a instauração de um novo conflito – examino o que foi produzido pelo jornal de referência El Tiempo, diário colombiano, no período de março de 2008 a março de 2010.
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As velhices de Veja em dois momentos de sua história: os sentidos de diferentes discursos, por Felipe Viero (Unisinos)
Resumo: O objetivo desse trabalho é perceber quais sentidos são discursivamente movimentados e construídos por Veja sobre a velhice, em dois momentos de sua trajetória. O corpus de análise corresponde às produções textuais jornalísticas que abordaram a temática, como um de seus pontos centrais, nos anos de 1969 e 1970 e, mais contemporaneamente, 2009. A Análise de Discurso francesa (AD) constitui-se como a base teórica central, a qual é relacionada ao conceito de Semiosfera, proposto por Lotman. Em linhas gerais, foram percebidas disputas ideológicas que salientam discursos que se consolidam em diferentes frentes, constituindo diferentes velhices, nesses períodos distintos. Esse trabalho representa um primeiro movimento de ampliação de uma pesquisa iniciada ainda na graduação e que resultará em minha dissertação de mestrado.
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(Angela Zamin)
05 setembro 2011
Apresentação de trabalho no CIEIA
A doutoranda Angela Zamin, integrante do GPJor, participará do VIII CIEIA – Congresso Internacional de Estudos Ibero-Americanos, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em História e a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da PUCRS, de 12 a 16 de setembro. Na ocasião será apresentado o trabalho “O jornalista, o historiador e o viajante: relatos de Kapuściński”. O evento tem como temática História, literatura e mito: viajantes europeus na América do Sul.
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O jornalista, o historiador e o viajante: relatos de Kapuściński, por Angela Zamin (Unisinos)
Resumo: Os países, as pessoas e os fatos apresentados por Ryszard Kapuściński em seus livros trazem à tona a simbiose entre o jornalista, o historiador e o viajante. “Maestro” entre os correspondentes internacionais do século XX, Kapuściński contribuiu, ao mesmo tempo, a uma exegese do jornalismo e à investigação histórica, já que se ocupou em buscar “uma sabedoria de historiador” para constituir-se como jornalista (KAPUŚCIŃSKI, 2009, p. 58). Nas reportagens recriadas em seus livros, apresenta “um tipo de texto que se ocupa do jornalismo, para dele elaborar outro texto que oferece o desvendamento de certos processos jornalísticos, ou a crítica dos mesmos” (MAROCCO, 2010, p. 5). Licenciado em História, o jornalista relata suas viagens para África, América Latina e Oriente Médio como correspondente da Agência Polonesa de Imprensa, entre 1958 e 1980. Além dos acontecimentos reportados, busca apresentar o porquê do ocorrido, oferecendo perspectivas para se pensar sobre o mundo em elaboração e sobre o encontro com o outro (PRATT, 1999). Seus relatos não cumprem apenas a função de mapear o mundo, mas oferecem percursos (CERTEAU, 1994; RESENDE, 2008) que permitem ir da “história em desenvolvimento”, como define o próprio Kapuściński, ao estudo das práticas jornalísticas.
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(Angela Zamin)
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(Angela Zamin)
02 setembro 2011
Jornalismo, Discurso, Velhice ...
Desde a graduação em jornalismo, concluída em 2010, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), venho buscando respostas para perguntas as quais se tornam cada vez mais complexas e para as quais uma resposta definitiva se torna cada vez menos provável. Perceber as tensões que atravessam a prática jornalísitca de Veja, tendo em vista a materialidade textual e imagética de seu discurso, naquelas produções em que a velhice constitui-se como temática é, em linhas gerais, a minha proposta para essa nova etapa. As mais de quatro décadas de sentidos construídos e postos em trânsito por um dos veículos mais importantes - e também críticados - do país configuram-se como o corpus a ser apreendido. Para isso, perspectivas teóricas e autores já conhecidos cruzar-se-ão com outros dos quais pouco ou nada sei. O resultado? Em cerca de dois anos, espero, uma dissertação e, para além dela, aprendizado, conhecimento e, mais do que as respostas, novas (e melhores) perguntas.
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(Felipe Viero K. Machado)
01 setembro 2011
Jornalismo e Kaingang
Formada em jornalismmo pela Unisinos em 84, trabalhei por 23 anos na área. Dez anos no Jornal Vale do Sinos, de São Lepoldo, onde atuei como repórter e editora em diferentes áres. Nos demais, atuei como assessora de imprensa de sindicatos e por último como na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, onde dois temas me interessaram: meio ambiente e questão indígena. Ao abandonar a profissão por questões pessoais, atuei voluntariamente como Coordenadora do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, durante o governo Olívio.Ali deparei-me com uma forma preconceituosa de tratamento dos jornalistas para com os indígenas. Por isso, depois de anos afastada do mercado de trabalho, resolvi qualificar-me e juntar minhas duas aptidões, o jornalismo e o trablaho junto aos povos indígenas. Daí surgiu a pesquisa minha pesquisa "Todo dia é dia de índio - Os Kaingang e Zero Hora, de 1988 a 2008". Como o jornalismo vê os Kaingang e como tem contribuído para uma imagem distorcida deste povo que habita as terras rio-grandense, há pelo menos dois mil anos.
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(Maria Luiza Santos Soares)
Processos jornalísticos
Estudo os processos jornalísticos desde o mestrado, realizado e concluído na Unisinos em 2006. Agora, no doutorado, pesquiso, a partir da crítica genética e utilizando conceitos de semiose e teorias do jornalismo, os arquivos do escritor e jornalista João Antonio enquanto repórter da revista Realidade – reportagens feitas por ele entre 1967 e 1968. O objetivo é identificar, através do percurso aferido pelos documentos e pelo produto final (reportagem) a possível criação de um gênero híbrido de texto jornalístico e as interferências do João Antonio-escritor no João Antonio- jornalista, e vice-versa.
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(Luis Fernando Assunção)
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