27 fevereiro 2009

10. A formação dos jornalistas





O desenvolvimento de um jornalismo público, com atuação voltada às questões que envolvem o cidadão, passa, também, pela formação dos profissionais de jornalismo. Pesquisadores ouvidos no último programa da Série Jornalismo Público apontam caminhos e escolhem o trabalho com a interatividade e a cidadania como pontos importantes para o exercício de um jornalismo público.
Para o professor Luiz Martins da Silva, da Universidade de Brasília, o currículo das faculdades deve expressar as demandas sociais. Da mesma forma pensa o jornalista James Görgen. Na avaliação da diretora de jornalismo da TV Brasil, Helena Chagas, a formação para um jornalismo cidadão pede a incorporação da interatividade. Segundo ela, a internet é a mais nova e potencial forma para interação. “Você começa a ter um processo interessante na Internet. Você começa a ter muita gente produzindo conteúdo. Você começa ter uma interatividade muito maior”, acrescenta Helena Chagas.
O professor Eugênio Bucci faz a ressalva de que a participação pretendida não se encerra apenas com a sugestão de pautas e temáticas. A efetiva contribuição da sociedade para a construção de um jornalismo público passa, no entendimento de Bucci, pela participação social em todo o processo jornalístico.

Para ouvir o último programa da Série Jornalismo Público, clique no player acima. Para baixá-lo, aqui.

26 fevereiro 2009

9. A participação da sociedade





Um jornalismo focado no interesse social pode existir sem a participação da sociedade na sua definição? Pesquisadores ouvidos neste programa da Série Jornalismo Público indicam que não. Para que o jornalismo exercite seu caráter público, é necessário que o cidadão se envolva. Assim, o jornalismo público pressupõe um leitor, um telespectador ou um ouvinte que, de certa forma, seja também educado para o exercício do direito à informação.
Eugênio Bucci, ex-diretor da Radiobrás, faz a ressalva de que há a “necessidade de promover a participação da sociedade na definição de linhas editoriais, de pautas, promovendo um plano de diálogo”. Nesse sentido, o professor Luiz Martins da Silva, aponta para a importância da formação, tanto do cidadão, quanto da mídia, que passaria por três aspectos: educação para a mídia, a educação pela mídia e a educação da mídia.
O primeiro deles, educação para a mídia, trata da educação do leitor, do telespectador, no sentido de levá-lo a compreender “o que é a mídia, como você pode se valer da mídia, como você pode se socorrer na mídia; como a mídia pode lhe prestar um serviço”. Já a educação pela mídia, segundo Luiz Martins, passa pela transformação da mídia em “uma ferramenta auxiliar da educação”. O terceiro aspecto, a educação da mídia, envolve especialmente o terceiro setor e as advocacias de causas sociais e públicas, capazes de oferecer suporte especializado à mídia e disponibilizar conteúdos e fontes. Para o professor seria “uma espécie de jornalismo assistido pela fonte”. A proposição de Luiz Martins encontra eco na compreensão da presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, para quem a presença de pautas oriundas dos cidadãos e de entidades sociais no jornalismo “depende do grau de mobilização e de apropriação do canal público pela sociedade”.
.
Para ouvir, clique no player acima. Para baixar, aqui.

25 fevereiro 2009

8. A experiência da TV Brasil





O Brasil vive, atualmente, a fase de construção da sua experiência de canal público nacional, a TV Brasil, que em dezembro completou um ano. Neste programa, a diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação, Helena Chagas; a presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, e o professor Laurindo Leal Filho, ouvidor da TV Brasil discutem essa recente experiência brasileira.
A figura do ouvidor é uma das ferramentas adotadas para que o cidadão tenha assegurado um espaço para opinar sobre o canal e o conteúdo veiculado. Segundo o professor Laurindo Leal, “só o fato de existir o ouvidor, com essa característica de análise crítica e de canal aberto para a sociedade, já é um avanço significativo”.
Outro movimento empreendido pela TV Brasil é a abertura à participação efetiva do cidadão nos espaços de jornalismo. Um exemplo é o programa Outro Olhar, uma experiência que possibilita “a participação das pessoas na produção de VTS e de programas”, conforme explica a jornalista Helena Chagas. De um modo geral, segundo a diretora de jornalismo, a TV Brasil preocupa-se com “o serviço prestado ao cidadão. Helena Chagas diz que a TV Brasil “tenta fazer um jornalismo muito voltado para o dia-a-dia das pessoas”. A presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, faz a ressalva de que para funcionar, tanto a ouvidoria, como o jornalismo público, necessitam da participação do público.
.
Para ouvir, clique no player acima. Para baixar, aqui.

24 fevereiro 2009

7. Financiamento da comunicação





Apontado no programa anterior da Série como elemento essencial à independência do jornalismo público, o financiamento da comunicação é o tema tratado pelos professores Laurindo Leal Filho, da USP e da Casper Líbero; Eugênio Bucci, também da USP; e Luiz Martins da Silva, da UnB; além da jornalista Helena Chagas, diretora de jornalismo da TV Brasil.
Há, no Brasil, preconceito ao conteúdo educativo e dúvidas quanto à liberdade da informação. Há, ainda, outro ponto polêmico: a captação de recursos e a abertura, ou não, a patrocínios. Para o professor Eugênio Bucci, pensar em jornalismo público, de qualidade, pressupõe a manutenção pública dos canais de informação. Segundo o pesquisador, “se uma sociedade considera que ela deve ter comunicação pública, e na minha opinião isso é importante, ela deve financiar publicamente essa forma de comunicação, e não publicitariamente”. Nesta mesma linha está a diretora de jornalismo da TV Brasil, Helena Chagas, ao afirmar que “talvez fosse muito bom se a sociedade pudesse contribuir para sustentar a sua televisão, sua agência, seu jornal”. Para ela, o jornalismo público pode sim ser financiado “por recursos orçamentários assim como diversas outras instituições”.
Segundo o professor Luiz Marins, um dos problemas da mídia pública é a questão da sustentabilidade. “Enquanto ela estiver dependendo, enquanto ela estiver comendo milho da mão da política, é um problema. Se ela ficar comendo milho só da mão do mercado é outro problema. A mídia, para ela cumprir um serviço público de fato, ela tem que atender a alguns fatores como viabilidade, sustentabilidade e replicabilidade”, conclui o pesquisador da UnB.
.
Para ouvir, clique no player acima. Para baixar, clique aqui.

23 fevereiro 2009

6. Experiências brasileiras





No Brasil, a Empresa Brasil de Comunicação, mantenedora da TV Brasil, da Agência Brasil e da Radioagência Nacional, e TVs educativas estaduais, como a TVE, no Rio Grande do Sul, e TV Cultura, em São Paulo, são citadas como exemplo de jornalismo público por estarem associadas ao setor público. Daí decorre uma dúvida: esses canais são de jornalismo público apenas por serem ligados ao setor público? Esse é o mote do sexto programa da Série Jornalismo Público, que reúne o professor Eugênio Bucci, pesquisador visitante da USP, membro do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta e ex-presidente da Radiobrás; a jornalista Helena Chagas, diretora de Jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação; o jornalista James Görgen, coordenador do Projeto Donos da Mídia no Brasil, que foi secretário-executivo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e vice-presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Cultural Piratini; e a jornalista Tereza Cruvinel, presidente da Empresa Brasil de Comunicação.
Bucci defende que a independência de gestão dos meios frente ao governo é responsável pela existência de um modelo público de jornalismo. Para isso, conforme pontua o professor da USP, “é necessário um modelo fixo de repasse de recursos públicos, que não seja alterado pelos humores do governante ou da instituição”. Também fala da necessidade de um conselho independente. Essa é uma das dificuldades enfrentadas pela Fundação Cultural Piratini, mantenedora da FM Cultura e da TVE no Rio Grande do Sul, conforme explica o jornalista James Görgen, que já integrou o conselho da entidade. Segundo ele, a cada novo governo há mudanças, especialmente relacionadas a “como esse dirigente vê a coisa pública”. Assim como Bucci, James Görgen acredita que a independência é fundamental.
Ao fazer referência especificamente ao conselho da Fundação Cultural Piratini, Görgen diz que o “governo é que deveria, em tese, responder ao conselho”. Só que como a Fundação possui duas direções, o conselho deliberativo e a diretoria executiva, essa nomeada pelo governo, “na operação das emissoras, acaba sendo o poder chegando ali junto dessa diretoria”, conforme conclui o jornalista.
A diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação, Helena Chagas, aposta na força dos conselhos consultivos. Para ela, “toda a TV e todo o órgão de imprensa deveria ter um conselho curador formado por pessoas independentes da sociedade”, sem ter que responder a quem os nomeou. Da mesma forma, a presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, considera como um caminho para a comunicação pública no país a gestão compartilhada com os conselhos. Com relação ao conselho da TV Brasil, afirma ser “uma experiência muito inaugural”.
.
Para ouvir o programa, clique no player acima. Para baixá-lo, aqui.

20 fevereiro 2009

5. Jornalismo público e os canais privados





O professor Laurindo Leal Filho, da USP e da Cásper Líbero, vê com ressalvas a possibilidade de canais privados realizarem jornalismo público, “porque a lógica das emissoras comerciais é a audiência”. Conforme pontua, esses canais se valem de “breves flashes, de dramas pessoais”, ao invés de “matérias um pouco mais elaboradas, que necessitam de um pouco mais de reflexão” e que, por isso, podem colocar em risco a audiência.
Posição contrária assume o professor Luiz Martins da Silva, da UnB. Segundo o pesquisador, meios públicos e comerciais têm condições de praticar um jornalismo de caráter público, visto que “o que interessa é muito mais a finalidade e o resultado final”.
Para Laurindo Leal, a solução para efetiva implantação de um jornalismo de interesse cidadão e comprometido com a sociedade está nela mesma e no papel que deve ser exercido pelo Estado enquanto ente regulador. “A solução para o jornalismo mais comprometido com o cidadão nas emissoras privadas, não está dentro das emissoras privadas, está fora delas, está na sociedade e no Estado. A sociedade tem que exigir do Estado mecanismos democráticos”, conclui o professor.
.
Para ouvir o programa, clique no player acima. Para baixá-lo, aqui.

19 fevereiro 2009

4. Jornalismo público e o terceiro setor





O terceiro setor tem sido protagonista de importantes iniciativas de desenvolvimento de um jornalismo público no país. Por esse movimento, que difere daquele que teve início nos Estados Unidos, nos anos 90, onde a esfera privada era o espaço para a prática desse jornalismo, no Brasil os mais diferentes setores da sociedade têm experimentado modelos e aprimorado o processo de comunicação, segundo a avaliação do professor Luiz Martins da Silva, da UnB. James Görgen, jornalista e coordenador do Projeto Donos da Mídia no Brasil, compartilha dessa perspectiva e vê a atuação de organizações do terceiro setor como capaz de preencher lacunas hoje não exploradas pelo jornalismo e que fazem falta ao cidadão. Segundo o jornalista, várias entidades estão trabalhando “nessa idéia de interesse público, de bem comum, de interesses comuns, de trazer informações que não estão na grande mídia”.
Outra variação verificada no Brasil é de que ao contrário da associação imediata com o setor público, de rádios e tevês ligados ao governo, como o local de expressão do jornalismo público, “o estado seria apenas um dos ambientes da comunicação pública”, conforme destaca o professor Luiz Martins. Para o pesquisador, o jornalismo público pode ter também espaço na iniciativa privada e no terceiro setor, que é “extremamente ativo em matéria de comunicação pública, especialmente no que se refere à advocacia de causas, de movimentos, de mobilizações e de projetos ligados a políticas sociais e a políticas públicas”.
.
Para ouvir o quarto programa da Série Jornalismo Público, clique no player acima. Para baixá-lo, aqui.

18 fevereiro 2009

3. Há jornalismo público no Brasil?





O terceiro programa da Série Jornalismo Público dá continuidade ao debate iniciado nos dois primeiros acerca do uso, no Brasil, da expressão jornalismo público e também sobre a existência de um jornalismo deste tipo. A partir de um conjunto de indagações – há jornalismo público no Brasil? um meio comercial pode praticá-lo? ele está vinculado somente às tevês e rádios públicas, de fundações educativas e de governo? – o programa reúne quatro entrevistados, os professores Eugênio Bucci, da USP, e Luiz Martins da Silva, da UnB; a diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação, Helena Chagas; e o jornalista e coordenador do Projeto Donos da Mídia no Brasil, James Görgen.
O professor Eugênio Bucci, pesquisador visitante da USP e ex-presidente da Radiobrás, diz da dificuldade em definir quem pode praticar jornalismo público. Para ele, "uma sociedade precisa de comunicação pública, além da modalidade de comunicação comercial, e o que dá a diferença de uma e de outra são as finalidades, a natureza do veículo em que ela é praticada e o modelo de gestão". A jornalista Helena Chagas, diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação, responsável pela TV Brasil, tem opinião contrária, já que considera o jornalismo, de modo geral, como público. Segundo a jornalista, mesmo o jornalismo praticado "por veículos chamados comerciais, eles estão atendendo a uma concessão da sociedade e eles têm uma responsabilidade social".
Já o jornalista James Görgen, que integrou o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e o Conselho Deliberativo da Fundação Cultural Piratini, mantenedora da TVE e da FM Cultura no Rio Grande do Sul, acredita que existam obstáculos à função pública do jornalismo, o que dificulta seu exercício em todos os espaços. Faz a ressalva de que "como ideal" defende o exercício em diferentes canais.
Para o professor Luiz Martins, as possibilidades de se fazer jornalismo público são múltiplas, mas resultam de diferenciais, como "informações estritamente de interesse público e não comercial, de utilidade pública e a informação como um serviço ao público".
.
Para ouvir o programa, clique no player acima. Para baixá-lo, aqui.

17 fevereiro 2009

2. A função pública do jornalismo





A discussão sobre a função pública do jornalismo é o mote do segundo programa da Série Jornalismo Público. Um dos entrevistados, o professor Eugênio Bucci, pesquisador visitante da Universidade de São Paulo, diz que a dificuldade está em “especificar o que é jornalismo público” e como operacionalizá-lo de forma conceitual e prática. Para Bucci, que por quatro anos presidiu a Radiobrás e atualmente integra o Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura de São Paulo, não basta associar jornalismo público ao “jornalismo que a gente acha que seria legal”. Tampouco, segundo o pesquisador, a aplicação pura e simples da expressão jornalismo público, por si só, garante a função pública e cidadã desse jornalismo. Também o professor Laurindo Leal Filho, da ECA/USP e da Cásper Líbero, não defende a utilização da expressão jornalismo público, uma vez que “todo Jornalismo deve ser público porque trata de questões públicas, independente se é emissora comercial ou se é emissora privada”. O fato de o Jornalismo Público estar ligado, no Brasil, fundamentalmente, à comunicação de governo, em meios educativos e públicos, requer mais cuidado na sua definição.
.
Para ouvir o programa, clique no player acima. Para baixá-lo, aqui.

16 fevereiro 2009

1. Jornalismo público, conceito e surgimento





O que é Jornalismo Público, seu surgimento nos Estados Unidos e o uso do conceito no Brasil são as temáticas que abrem a Série Jornalismo Público. Para Luiz Martins da Silva, professor da Universidade de Brasília, o jornalismo público não é um gênero, é antes um movimento que se desenvolve “quando mídia e sociedade trabalham cooperativamente para promoção de cidadania, de direitos e de advocacia de causas sociais e públicas”. Da mesma visão compartilha o professor Márcio Fernandes, da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná e presidente do Fórum Nacional de Coordenadores de Comunicação das Universidades Estaduais e Municipais, que vê o jornalismo público “ligado à cidadania e ao direito das pessoas de se envolverem com as questões da sua rua, da sua esquina, do seu bairro”.
Produzida na disciplina de Crítica das Práticas Jornalísticas, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos, a Série Jornalismo Público reúne sete entrevistados, entre professores, pesquisadores e jornalistas. A produção foi realizada pelos alunos Angela Zamin, Camila Arocha, Daniel Cassol, Eloísa Klein, Felipe Boff, Grace Kelly Bender Azambuja, Helio Paz, Jaqueline Torres, Joel Guindani, Luis Marcelo Miranda, Maria Joana Chaise, Marina Chiapinotto e Vera Martins, sob a supervisão da professora doutora Beatriz Marocco.
.
Para ouvir o primeiro programa da Série Jornalismo Público, clique no player acima. Para baixá-lo, clique aqui.

10 fevereiro 2009

Inscrições abertas para Muticom

Está aberto até o dia 25 de março o prazo para inscrições de trabalhos no Mutirão de Comunicação América Latina e Caribe (Muticom). O evento, promovido pela Organização Católica Latino-americana e Caribenha de Comunicação (Oclac), acontece de 12 a 17 de julho, na PUC-RS em Porto Alegre.
Os eixos temáticos do Muticom são “Novos cenários políticos e sociais latino-americanos e os processos de comunicação”, “Economia e comunicação na era digital” e “Comunicação no diálogo das culturas”.
Os trabalhos aceitos serão publicados nos Anais das Produções Científicas do evento. Aqueles que desejarem se organizar em grupos de discussão deverão fazê-lo de forma autônoma em relação à organização do Muticom.
Os quatro melhores trabalhos concorrerão a uma passagem com estadia e participação gratuita no encontro. Serão premiados dois trabalhos da categoria “Professores, estudantes de pós-graduação e outros profissionais” e dois da categoria “Estudantes de graduação”.
Mais informações no site do evento.
.
(Daniel Cassol)

09 fevereiro 2009

Curso de jornalismo digital

O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas está com inscrições abertas para o curso Introdução ao Jornalismo 2.0: oportunidades e desafios na era digital, que está sendo oferecido pela terceira vez. Trata-se de um curso especial para jornalistas brasileiros, que será ministrado entre os dias 9 de março e 5 de abril, em português. O curso irá tratar das novas ferramentas e tarefas do jornalismo na web, weblogs e podcasts, áudio e fotos digitais no jornalismo online, interatividade entre jornalistas e o público na era digital, e a convergência multimídia. As vagas são limitadas e as inscrições para o processo seletivo se encerram no dia 22 de fevereiro. O curso, gratuito, desenvolvido pelo jornalista e professor brasileiro Carlos Castilho, reflete o novo foco do Centro Knight como um centro de treinamento em mídias digitais. Castilho traduziu para o português o livro Jornalismo 2.0: como sobreviver e prosperar, de Mark Briggs: Um guia de cultura digital na era da informação.
Mais detalhes sobre o curso, aqui. Inscrição aqui.
.
(Angela Zamin)

Sobre blogs e comunicação


.
As pesquisadoras Adriana Amaral, Raquel Recuero e Sandra Montardo são as organizadoras do livro Blogs.com. Estudos sobre blogs e comunicação. Lançado no final de janeiro, durante o Campus Party, com selo da Momento Editorial, o livro apresenta o ‘estado da arte’ da pesquisa sobre blogs no Brasil a partir de 12 artigos, distribuídos em dois capítulos, o primeiro, dedicado a definições, tipologias e métodos, faz um apanhado de formas de pesquisa e do objeto blog; o segundo, usos e apropriações, discute as várias formas dos blogs. O livro tem prefácio do professor André Lemos e posfácio de Henrique Antoun, além de artigo dos pesquisadores Jan Schmidt (blogosfera alemã), Marcelo Träsel (“vitória de Pirro dos blogs”), Adriana Braga (teoria e método no estudo dos blogs), Rosa Meire Carvalho de Oliveira (blogs e escrita de si), Fernando Firmino da Silva (relações entre blogs, microblogs e jornalismo), Maria Clara Aquino (blogs, web 2.0 e informação), Juliana Escobar (blogs como categorias do webjornalismo), Leonardo Foletto (campo do jornalismo diante da blogosfera), Rogério Christofoletti (blogs como ferramentas de ensino), Helaine Abreu Rosa e Octávio Islas (relação México- Brasil, discussão sobre blogs e educação), Cláudio Penteado, Marcelo dos Santos e Rafael Araújo (blogs e política) e ainda um artigo das organizadoras (mapeamento dos estudos de blogs no Brasil e no exterior). O livro está disponível para download gratuito aqui.
.
(Angela Zamin)